quarta-feira, 2 de maio de 2012

O Gênio de Charles Darwin


                “Charles Darwin (imagem à direita) virou nosso mundo de cabeça pra baixo” afirma o professor Richard Dawkins, no documentário O Gênio de Charles Darwin. Está afirmação faz todo sentido quando entendemos que foi este cientista naturalista de origem inglesa que, rompeu com teorias vagas de uma crença até então “imaculada”.
De onde viemos? E para onde vamos? Sempre foram questões que perturbaram e continuam perturbando a humanidade, que sempre buscou apoio para suas respostas dentro do legado religioso para acalmar a sede por indicativos sobre sua destinação ou origem. Poderíamos pensar que isso faz parte de um quadro do passado, o que não é uma realidade. Ainda hoje muitos acreditam que “as verdades” se estabelecem desta forma.
            Dentro do entendimento proposto pela biogeografia, pensar a teoria Darwiniana se faz necessário, e compreendemos de melhor forma esta necessidade uma vez que o documentário mostra o embate religião x ciência. O episódio 3 onde este fato é evidenciado, nos mostra algo ainda mais grave nas crenças religiosas imediatistas apresentadas no mesmo, o ambiente que deveria ser formatado para a  construção do conhecimento, está sendo afetado pelas diferentes concepções religiosas que ainda concebem a criação por Adão e Eva.
            O ambiente educacional deve se propor sim a discutir questões de diferentes orientações, formatando dessa maneira um ambiente democrático e apto para a colaboração na formação do ser social. Sem nenhuma espécie de restrição, por isso o ensino de ciências, o ensino de biologia e demais áreas que tenham o evolucionismo contido no seu saber, não deveria ser reticente quando ao manejo do conhecimento fundamentado por Darwin, em nome da crença particular de cada um dos indivíduos.
            Ensinar através das evidências faz parte deste processo e isso deve ser desenvolvido. Buscar um equilíbrio entre respeito e verdade também. Cabe ao educador manusear o saber sem agredir ou ferir o ideal religioso, não que esta prática seja fácil, mas cabe a ele o bom senso. O que não se poder negar é o acesso à informação, o conhecimento de novas possibilidades, o encaminhamento para a construção do ser crítico.
            Não se trata de uma batalha ateus x crentes, poderíamos ainda ter focado em outras questões concernentes ao documentário, mas certo é que devemos fugir do ufanismo radicalista em prol da difusão do que é evidente e do que pode ser controverso. Não nos cabe, nem de longe, fechar está questão, pois esta muito além do papel do educador nos cabe sim fomentar ainda mais essa discussão para que o saber possa ser cada vez mais difundindo através das reflexões e não mais das ideias postas.

Fonte das imagens: Google Imagens
Acadêmico: Bruno Maciel

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