Encontramos em parques, matas e rios, espécies que chamam atenção, mas são vistas como normais. Assim, estas espécies exóticas e invasoras já são a segunda grande causa da perda da biodiversidade do Planeta. No Brasil, são uma ameaça ao equilíbrio natural dos ecossistemas e colocam em risco espécies locais, ameaçando-as de extinção. As espécies invasoras deixam seu hábitat de origem e chegam de longe, por acaso ou não, introduzidas pela ação humana ou por fatores naturais, no novo ambiente. Elas têm grande capacidade de adaptação e proliferação, devido à ausência de predadores ou competidores naturais, não capazes de manter esta população invasora sob controle, e são uma ameaça as espécies nativas, gerando sérios problemas econômicos e até de saúde pública.
Em nosso país, uma das espécies exóticas invasoras, que influencia na perda da biodiversidade e do potencial econômico, é o mexilhão dourado, molusco fluvial de origem chinesa, que causa danos ao funcionamento de hidrelétricas, entupimento nas tubulações de esgotos e de águas pluviais nas bacias hidrográficas, onde quer que se instalem.
Nome científico: mexilhão dourado
Nome comum: limnoperna fortunei
Existem outras espécies e pragas agrícolas, responsáveis por endemias, como a dengue, doença originária da Ásia, sendo seu principal transmissor o inseto Aedes aegypti que é de origem africana.
Nome científico: aedes aegypti
Nome comum: mosquito-da- dengue
O Brasil também tem espécies nativas que invadem biomas, ecossistemas, ou ambientes, para onde são transplantadas pela ação humana voluntária ou acidental. Exemplo disso é o sagüi estrela, originário do nordeste do país, que invadiu as matas do centro-sul, levado como animal de estimação passou a competir com espécies de micos nativos.
Nome científico: mico estrela
Nome comum: callithrix penicillata
Também, o aguapé, planta aquática brasileira, virou uma praga na África e na América do Norte.
Nome científico: eichornia crassipes
Nome comum: aguapé
O tucunaré, peixe nativo amazônico, quando levado para outras bacias hidrográficas do país, é um invasor e predador das espécies aquáticas locais.
Nome científico: cichla ocellaris
Nome: comum tucunaré
Ásia e África são as maiores fontes de espécies vegetais terrestres invasoras para o Brasil. Da Ásia vieram a jaqueira, a mangueira, a amoreira, o limoeiro, a bananeira e outros.
Nome científico: artocarpus heterophyllus lam
Nome comum: jaqueira
Da África as espécies herbáceas capins, trazido para o Brasil, como planta forrageira para o gado ou para recuperação de áreas degradadas.
A maioria de espécies vegetais e boa parte das espécies animais foram trazidas para o território brasileiro, pela ação direta e voluntária humana, e o principal impacto causado por estas espécies, é a biota nativa, uma competição com as espécies locais por espaço e alimentos. Estas espécies exóticas invasoras provocam: danos ambientais (extinção de espécies locais, perda de biodiversidade, modificações na paisagem e nos processos naturais, entre outros), além de causar prejuízos econômicos (dispersão de pragas, competição com espécies de interesse econômico, perda da capacidade produtiva dos ecossistemas e do valor da paisagem e outros); sociais (introdução de parasitas e vetores de doenças do homem, etc ).
Rita Elizabete Machado Pereira
Referências:
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