Melhoramento genético.

Melhoramento genético se dá pela inserção de genes ditos superiores no material genético de certas plantas e animais para que eles obtenham características desejáveis ao produtor.

As culturas que mais sofrem manipulação genética no Brasil são a soja, o milho e o algodão.

Mas quais seriam as vantagens de se consumir e se planar culturas geneticamente modificadas no lugar de plantas orgânicas, que não possuem nenhuma alteração em sua composição original.

Na teoria os transgênicos ao ser transformados por técnicas de engenharia genética ela se tornam mais resistentes a pragas o que faria que o produtor tivesse menos gastos em insumos do solo em sua plantação. Mas essa “resistência”, pode fazer que a planta se torne mais resiste a um tipo de praga e mais frágil a outras fazendo com que os agrotóxicos usados poluam solo e lençóis freáticos. Tendo em vista que, nos grandes latifúndios monocultores haverá um só tipo de agrotóxico para toda a plantação a concentração desse sera maior e agredirá mais violentamente o meio ambiente.

É estimado que a área de cultivo de plantas transgênicas cresça 13% ao ano. Os principais produtores os Estados Unidos, o Canadá, o Brasil, a Argentina, a China e a Índia. No mapa 1 mostra incidentes de contaminação transgênica e as plantações ilegais e negativas agrícolas efeitos colaterais em todo o mundo, o mapa 2 mostra as áreas do mundo com lavouras geneticamente modificadas e o mapa 3 mostra o tipo de uso feito nos países com os modelos transgênicos.

Mapa 1.

Fonte: http://biorege.weblog.com.pt/arquivo/worldincidents.jpg

Mapa 2.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8_DCQkH0-vUVBtjg11o8tWd6eWb7ZhVQM99Akch4mNiOtH-6PkB7UR0kSBBtqVzQ3AaKCnTnkAKE27eejpFtRekNkRWuZcEUxWX4W5B9eobR-3LvNd02s4Ap5ZQywf0KqF-hSxqgQ_Wz9/s400/fig1.jpg

Mapa 3.

Fonte: http://fotos.sapo.pt/Wz9FblQb5CVV6wGgA9Hr/340x255

Mas essas culturas têm em torno de sua produção e venda uma polêmica já estabelecida, quais os problemas de modificar geneticamente uma planta, e a respeito da à inserção destes alimentos no mercado, quem serão os consumidores?

As principais alegações dos que são contrários as plantas transgênicas e seus derivados é que eles não foram testados por tempo longo o suficiente para se detectar os seus possíveis efeitos à saúde humana e ao ambiente. Além disso, muitas pessoas acreditam que a tecnologia de transgênicos pode trazer impactos sociais negativos, como a formação de monopólios no mercado de produção e distribuição de sementes.

Alem desses problemas, as culturas transgênicas podem afetar o comportamento de certas pragas, como pode-se ver na reportagem em http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=39256 (acesso em 31 maio 2010), que mostra que a infestação de percevejos aumentava a medida que crescia a área de algodão transgênico cultivado. Ou seja, com a inserção de novas culturas desestrutura a cultura local e as adjacentes, pois as plantações ao redor do algodão da reportagem também sofre com a infestação dos insetos causada por ele. A reportagem coloca que "em seis províncias da China setentrional, agrônomos chineses documentam, pela primeira vez em grande escala, esse tipo de reação de um agro-ecossistema que substitui uma cultura convencional por uma cultura transgênica. [...] Mas em seis províncias chinesas monitoradas por Kongming Wu (Instituto para Proteção das Plantas, Pequim) e seus colegas, os índices de infestação por mirídeos – insetos heterópteros da família dos percevejos – cresceram à medida que o transgênico ganhava terreno [...] A ocupação de um nicho ecológico vago é somente um dos aspectos da recente proliferação dos mirídeos no Norte da China. O cultivo de algodão convencional requeria a utilização de pesticidas químicos ativos não somente contra a lagarta, mas também contra toda uma gama de insetos, entre os quais os mirídeos. “Antes, os campos de algodão convencional agiam como ‘sumidouros’ para os mirídeos, no sentido que estes eram destruídos ali pelos tratamentos; entretanto, a toxina Bt não os afeta”, explica Bourguet. “Portanto, com a forte redução do uso de inseticidas, os campos de algodão Bt se tornaram ‘fontes’ de mirídeos”"

Desta forma devemos nos perguntar o que será melhor? Uma cultura livre de agrotóxicos cultivada milenarmente, ou culturas que a poucos anos tiveram sua composição genética modificada e que não possui estudos que possam manifestar possíveis agressões a saúde humana e animal? Estudo desenvolvido pelo instituto de pesquisa Criigen, da França, revelou que ha alteração nos tamanhos de rins, cérebro, fígado e coração, além de mudanças de peso, de ratos alimentados com milho transgênicos por 90 dias, o que poderia significar sinais de intoxicação.

Será que seremos cobaias do sistema que quer impor sua cultura mais produtiva/lucrativa ou será que queremos preservar nossa saúde e manter os níveis de produtividade como estavam (já que a cultura transgênica já equivale a mais de 100 mil ha). Será que cabe a nós essa escolha, ou será que teremos que aceitar o que é imposto? Será que os desequilíbrios não serão levados em conta nesta escolha? E a biodiversidade original, será que desaparecerá, já que sementes "perfeitas" estão sendo criadas?

Parece que é o sistema, protegido pelos grandes monopólios patenteadores das sementes e dos agrotóxicos que irão escolher o que é mais vantajoso, assim percebe-se que não éuma pequena parte da população, contaria ao sistema devastador dos latifúndios monocultores produtivos que vão conseguir deter o estabelecido pelo capital. Mas com certeza são esses pequenos produtores policultores que manterão a diversidade que ainda resiste.

Referências.

http://www.achetudoeregiao.com.br/animais/SOJA_TRANSGENICA.htm

http://www.agroanalysis.com.br/index.php?area=conteudo&mat_id=654&from=sustentabilidade

http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=12720

http://pt.wikipedia.org/wiki/ Transgênicos

http://pt.wikipedia.org/wiki/ Melhoramento_genético

Acesso em: 31-05-10

Por: Mariana Xavier de Oliveira