terça-feira, 1 de junho de 2010

Biodiversidade: De quem é o Compromisso?


Ao observarmos a natureza, muitas vezes, não percebemos a complexa estrutura que a envolve e a faz continuar existindo. Esse grande bioma que é o planeta Terra, possui muitas características e processos bem definidos, onde todas as formas de vida existentes no globo se inter-relacionam para formar uma biodiversidade e essa pode ser entendida como uma associação de vários componentes hierárquicos: ecossistema, comunidade, espécies, populações e genes em uma área definida.
O Brasil tem hoje 1/5 da biodiversidade mundial, com 50.000 espécies de plantas, 5.000 de vertebrados, 10-15 milhões de insectos e milhões de microorganismos porém esta não é estática e está em constante alteração pois ela não é distribuída igualmente sobre a superficie da Terra existindo regiões do globo onde há mais espécies que outras. A riqueza de espécies tendem a variar de acordo com a disponibilidade energética, do clima e também pelas suas histórias evolutivas. No entanto tudo avança mais rápido do que o previsto e pelo mau caminho: apesar dos compromissos internacionais, a biodiversidade na Terra se reduz a um ritmo sem precedentes desde o surgimento da espécie humana.
Algumas estatísticas divulgadas pelas Nações Unidas indicam que “a biodiversidade está indo a pique” e isso retoma um dos pontos principais de um documento divulgado no dia 10 de maio pela ONU, que indica que a tendência é irreversível além de certo limite. Mas o que, segundo alguns cientistas, poderá tratar-se da sexta grande extinção da história do planeta já está privando a humanidade de recursos muito valiosos e isso reforça a idéia de outros biólogos de que uma “extinção em massa” esta a caminho. Apesar de divididos a respeito dos números, muitos cientistas acreditam que a taxa de perda de espécies é maior agora do que em qualquer outra época da história da Terra. Alguns estudos mostram que cerca de 12,5% das espécies de plantas conhecidas estão sob ameaça de extinção. Alguns dizem que cerca de 20% de todas as espécies viventes poderiam desaparecer em 30 anos. Quase todos dizem que as perdas são devido às atividades humanas, em particular a destruição dos hábitats de plantas e animais e que a domesticação de animais e plantas em larga escala é um fator histórico de degradação da biodiversidade, gerando a selecção artificial de espécies, onde alguns seres vivos são seleccionados e protegidos pelo homem em detrimento de outros.
A poluição, o uso excessivo dos recursos naturais, a expansão da fronteira agrícola em detrimento dos habitats naturais, a expansão urbana e industrial, tudo isso está levando muitas espécies vegetais e animais à extinção.
Outro fator sempre a ser avaliado frente a essas perdas é que não se consegue controlar o que se esta perdendo e sendo assim perpetuasse a dúvida de que a espécie que já desapareceu poderia conter um potente anti- tumoral(a título de exemplo) porém não o teremos.
“O ritmo atual de perda de espécies é estimado em mais de 100 vezes o ritmo de extinção natural", insiste a ONU, que aponta como principal caso o desenvolvimento das cidades, a adaptação de terras para a agricultura, a exploração excessiva de recursos naturais e a introdução de espécies exóticas destrutivas. Em 2002, os governos do mundo inteiro estabeleceram o ambicioso objetivo de "paliar de forma significativa" a perda de biodiversidade até 2010. O objetivo está longe de se alcançado, segundo o chefe da Convenção sobre Diversidade Biológica, Ahmed Djoghlaf. "Já é hora de mudar de atitude. Deixar que tudo siga igual não é aceitável".
E então, de quem é o compromisso para com a biodiversidade do nosso Planeta? Tal fato e possíveis compromissos serão discutidos no mês de setembro em Nova York por diversos países do mundo. Espera-se que a biodiversidade da Terra seja então protegida e assim salva de uma possível “extinção em massa”

FONTES:

http://www.algosobre.com.br/geografia/biodiversidade-e-biogeografia.html

http://noticias.terra.com.br/ciencia/ultimasnoticias/0,,EI238,00.html

http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/biodiversidade/

Luciani V. Vargas.

Um comentário: