sexta-feira, 4 de junho de 2010

Espécies exóticas invasoras, de onde vem e para onde vão?


As espécies exóticas são todo e qualquer organismo introduzido fora de seu ambiente natural do qual se encontram. As espécies exóticas tornam-se invasoras quando passam a se propagar pelo ambiente, fugindo do controle e tornando-se pragas. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, a introdução de espécies exóticas é a segunda maior causa de extinção da biodiversidade isso ocorre porque a entrada de espécies exóticas invasoras no ambiente ocasiona o desequilíbrio ecológico.

O desequilíbrio ecológico ameaça a biodiversidade porque algumas espécies exóticas invasoras possuem um ciclo reprodutivo mais curto, aumentando o número de indivíduos rapidamente em relação aos demais, além da competição por alimentos com as espécies nativas, por não haver predadores naturais para espécies exóticas, pois os mesmos não faziam parte da alimentação dos predadores.


Para Evelise Nunes, a entrada das espécies exóticas invasoras pode-se dar de maneira natural, através das próprias espécies que possuem a capacidade de se dispersarem para os demais ambientes ou serem introduzidas pelo homem. Nas duas maneiras de inserção de animais exóticos ocorre impacto provocando o desequilíbrio ecológico.


O Limnoperma fortunei, mais conhecido como mexilhão dourado é uma das espécies exóticas invasoras, sendo que os primeiros exemplares foram encontrados na Bacia do Prata em 1991. Em 1998 esse molusco atinge o estuário do Guaíba, causa entre outros impactos à obstrução das tubulações. Na Usina da Primavera, em São Paulo existe tanto moluscos que a produção é três caminhões por dia.


A Achatina fulica, popularmente conhecido como caramujo africano, como o nome já diz de origem africano foi introduzido como uma alternativa ao escargot verdadeiro. Esse animal de reprodução intensa causa impactos por ser hospedeiros de vermes além de trazer prejuízos à agricultura.




O Bubalus Bulalis, conhecido como búfalo foi introduzido em Rondônia com a finalidade de desenvolvimento para as comunidades carentes, originário da Ilha de Marajó. Pelo insucesso do projeto os animais foram soltos causando superpopulação.

No caso dos peixes exóticos a introdução dos mesmos ocasiona a diminuição dos peixes nativos, diminuindo a biodiversidade, pois muitos dos peixes exóticos se alimentam dos nativos. Uma outra forma de introdução de peixes exóticos é através da água do lastro pelos navios.


Os animais exóticos ao serem introduzidos em um ambiente podem ocasionar problemas sérios como a transmissão de parasitas, desequilíbrio ecológico, degradação do meio ambiente entre tantos outros. Não é aconselhado tentar remediar os estragos de um animal exótico com a introdução de outro, pois não se sabe o que isso levará. Segundo o Decreto n° 4339 de 22/08/2002 que institui os princípios e as diretrizes para a implantação da política Nacional da Biodiversidade, estabelece prevenir e combater as causas de redução da biodiversidade, além de promover ações que combatem e erradificam as espécies exóticas invasoras.

Postado por Eliege CassieleBuffon












Um comentário:

  1. Parabéns Eliege; assunto extremamente pertinente, bem escrito e com uma distribuição legal de texto e figura. Só faltou vc dizer quem é Evelise Nunes.

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